Não fiz levantamento estatístico, mas após 33 anos de trabalho intenso com milhares de pessoas, e com baixa margem de erro, acredito que pelo menos 80% dos trabalhadores brasileiros, em todos os níveis do organograma, padecem de três deficiências críticas:
1ª. Não aprenderam corretamente o seu próprio idioma. Como consequência, não gostam de ler, têm dificuldades de concentração, não desenvolveram curiosidade pelo aprendizado, não conseguem escrever padrões de trabalho e possuem imensas dificuldades de comunicação.
2ª. Não aprenderam matemática. Como consequência, têm muitas dificuldades em lógica, confundem conceitos com frequência, não compreendem fluxos, diagramas e gráficos, dispensam o pensamento cartesiano e detestam indicadores numéricos de desempenho e operacionais.
3ª. Não aprenderam inglês. Como consequência, não conseguem ler bibliografia de alto nível em suas áreas e publicadas neste idioma, não podem participar de cursos no exterior (a não ser com tradução simultânea) e têm evolução limitada nas suas carreiras, especialmente nas empresas multinacionais.
As deficiências sérias em português, matemática e inglês afastam os profissionais do mundo moderno porque aqueles que ignoram os protocolos da modernidade serão relegados a papeis de segunda classe.
Desconhecendo esta realidade simples e dura, crescem sentimentos inúteis e nocivos nestas pessoas, como rancor, inveja e xenofobia.
Como desenvolver-se sem ler? Como evoluir sem entender os números e relações lógicas muito simples, como o conceito de causa x efeito ou o conceito de custo x benefício? Como aumentar a visão de mundo sendo um analfabeto em inglês, o idioma universal? É lógico que se trata de MISSÃO IMPOSSÍVEL.