“Não há mais nada para fazer” é uma frase estúpida e recorrente, proferida por gestores e técnicos despreparados para suas funções e indolentes por natureza. Acredite, em qualquer situação, sempre há algo mais que possa ser feito pela administração, por TI, pela engenharia ou pelo financeiro para melhorar os resultados ou amenizar os prejuízos de um problema.
Todos os prejuízos decorrentes de um projeto mal feito, de uma decisão mal tomada ou de uma atitude impensada, podem e devem ser minimizados ao extremo e é exatamente este o ponto deste texto: gestores esgotam suas ações muito antes do limite, acarretando danos desnecessários para suas empresas.
Nos 32 anos em que trabalho, sempre que eu ordenei, após olhar um plano de ação de minha equipe, que não estava ainda suficientemente bom e que eles deveriam “quebrar um pouco mais a cabeça” e melhorá-lo, houve evoluções e obtive ganhos maiores ou prejuízos menores. Eu disse “sempre”, palavra rara em qualquer ocasião.
Como consultor e conselheiro, já vivi também muitas destas situações: após um “não posso fazer mais nada”, veio a orientação para “tente mais um pouco” e o resultado positivo. Muitos disseram: “puxa, eu não havia pensado nisto”. E nestas frases e atitudes frouxas, todo o dinheiro do acionista vai para o ralo. Portanto, indo direto ao ponto, você que comanda uma área ou uma empresa: jamais aceite o conformismo e a preguiça de uma frase como esta (“não há mais nada para ser feito”). Sempre há, e muitas vezes, como há muitas coisas ainda para serem feitas.
Paulo Ricardo Mubarack

A frase “não há mais nada para ser feito” é dita e repetida com frequência por gestores preguiçosos e despreparados, procurando desvencilhar-se rapidamente dos problemas que muitas vezes eles próprios causaram para suas empresas. Jamais aceite tal afirmação. Em qualquer situação indesejável, onde sua empresa vai arcar com prejuízos, após seu gestor preparar um plano de ação e afirmar que “é o máximo que posso fazer”, rejeite o plano e peça mais. Você terá uma boa surpresa: virá mais e os danos serão efetivamente menores ou nulos. A declaração que “não há mais nada para fazer” é própria de lenientes, de gente que não pensa o suficiente e que deseja sumir do front da batalha.